Vai que acha!

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Desentoxicação literária

Não é de hoje que eu observo as diferentes estratégias de fuga que os TDAH's inventam/aperfeiçoam. Qualquer que seja o instrumento escolhido, em geral, construímos um universo particular (como diria Marisa Monte). Acredito que isso possa ser decorrente também dos "desligamentos" frequentes, da vontade angustiante de estar presente em um contexto positivo e otimista, em detrimento de um confuso e frustrante. Por que estou falando sobre isso? Meu vício, minha fuga preferida, meu mundo colorido e perfeito: romance água com açúcar e finais felizes!!! 

Tive que parar. Passei a deixar de comer, dormir e fazer minhas obrigações em casa. O pior: estava fazendo "bico" para a vida, pois eu não era nenhuma daquelas mulheres divertidas, bem-sucedidas, independentes e fortes (camuflada em uma fragilidade inicial); do tipo que fazia o cara mais inteligente, bonito, engraçado e bom caráter morrer de amores. Não adiantava ler livro atrás de livro com o mesmo enredo, ou a mesma narrativa, ou a mesma trama... sempre fazia efeito! Então, percebi que sempre que terminava uma história, minha consciência pesava, eu ficava triste, pois a realidade se mostrava tããããããããããão diferente da ficção!!! E o pior de tudo, é que o site do Skoob oferece tantas ferramentas e resenhas e estrelinhas e capas e cortesias e estantes virtuais e sinopses, que tornou-se o traficante da minha "droga" predileta"; alimentando e incentivando meu vício. Parei de frequentar o site também.... (passei lá agora... ai que dor no coração!!!! Nem vi quais eram as cortesias, nem os lançamentos). Há tempos que não vejo as resenhas nos canais do YouTube que me inscrevi. Tenho sido forte. Se tem me ajudado? Sim, tem. Não fico mais com aquela sensação de vazio, comparando intencionalmente ou não minha vida com o mundo da ficção. Quem sabe um dia eu saiba lidar com isso e consiga ler horroooooooores sem me deixar levar tanto?

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