Vai que acha!

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Concerta 54 - 17º dia + PaxilCR 25 - 2º dia

O efeito do PaxilCR 25mg durou até às 22h, quando eu estava com sono. De repente, meu sono sumiu! Ansiedade voltou, mas branda. Demorei a dormir, menos do que de costume. Hoje, lá pelas 13h....minha barriga começou a doer, e olha que eu não me lembro a última vez que tive dor de barriga! Se é por causa do remédio? Vai saber. Apetite ontem deu uma aumentada na parte da noite....aff!

Ansiedade melhorou. Remédio funciona. Confusão mental melhorou (mas bem menos do que gostaria). O saldo do dia é positivo, até agora!



Em homenagem ao post....
Ô excesso de intimidade!!!!


quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Concerta 54 - 17º dia + PaxilCR25 - 1º dia

São 21h. Se comparado aos últimos dois dias, este momento é o extreomo dos outro. Fiquei um pouquinho ansiosa lá por volta das 18h30, mas agora não estou mais. Estou meio baquiada, um pouco letárgica, mas não sonolenta. Fiz bobagem atrás de bobagem no trabalho, a ponto de terem perdido a paciência. Eu não deixei por menos, fiz o que qualquer mulher no meu lugar faria!!! Peguei a chave da sala mais distante, me tranquei lá dentro e chorei! Contudo, no geral, me senti ligeiramente mais equilibrada.

Consulta

Então, levei a lista do blog sobre o que deveria dizer à médica. disse tudo. Parecia uma metralhadora descontrolada, mal acabando o tópico em que estava, para iniciar o seguinte. Tudo dito, eis o resultado:

1 - Posso não ter TDAH sim. De acordo com ela, os sintomas de diferentes transtornos são semelhantes e podem sobrepor-se, mascarar algo e etc. Isso significa que pode e não pode ser muita coisa...afff 
Só com o tempo e avaliações periódicas para uma conclusão definitiva. Mas ainda não descartou a bipolaridade. Se eu não tiver nada disso, meu diagnóstico será incompetência?

2- Eu: Então, eu estou muuuuito mais agitada e muuuuuito mais ansiosa.
     (silêncio)
    Ela: É. Eu estou vendo (risos).

3 - Ela meu deu uma amostra grátis (vivaaaaaaaaaa! Mas só com 10 comprimidos)    do Paxil CR 25mg. Pelo que entendi da bula, é um antidepressivo, mas indicado também (apesar de não possuir um estudo específico) pela eficácia, no tratamento de Ansiedade Social (rezando pra São Longuinho 10X pra ele funcionar).

4 - Porque estou dura de marré-desci, ganhei um retorno para o final dos dez comprimidos da amostra. Dia 19 tem mais.

5 - Continuo tomando o Concerta 54 até segunda ordem.

Obs: mandei imprimir no trabalho a relação de perguntas e acabou indo para impressora errada. Como soube? Alguém achou (provavelmente leu, e se bobear, contou para a galera...aff) e guardou na minha gaveta. Quase morri. 

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Concerta 54 - 16º dia

Fiquei preocupada comigo mesma. Ontem, meu nível de inquietação mental e física foi tão grande, que não ousei a pensar que não tivesse TDAH. O problema é que estou tomando remédio para isso... os sintomas deveriam melhorar, não piorar! Ok, ele é um estimulante e etal. Mesmo assim, foi desanimador. Minha mente precisava desesperadamente de um condutor de atenção/energia (?), algo que direcionasse, drenasse tudo aquilo. Balançava meus pés freneticamente. Comecei a ficar tão ansiosa que perdia a respiração, os músculos ficavam cada vez mais tensos, as dores de estômago pioravam, e enquanto não encontrei nada que prendesse minha atenção, que me fizesse "parar", não melhorei. Do que adianta ter trocentos canais na SKY se a programação não te ajuda? Passei e repassei umas 5 vezes todos os canais antes de parar em um filme que queria ver há tempos. Acho que se chama "Amor no Tempo do Cólera", baseado no livro de Gabriel Garcia Marquez. Só então "relaxei". Fiquei tão focada só naquilo, que os sintomas de ansiedade se abrandaram. 

Possível explicação: tenho dois trabalhos da faculdade. Não consigo concluí-los. A bem da verdade, não consegui iniciar nenhum dos dois. Estou protelando há dias. Quando mais se protela, pior a ansiedade fica!

Na hora de dormir. Tentei algo diferente. Não queria passar mais uma noite chorando bicas e percebendo como não conseguirei mudar. Tentei manter um padrão vibratório satisfatório e otimista. Não, não foi fácil. Nem tenho certeza se de fato consegui. Mas ao insistir, obtive uma perspetiva positiva. Dormi bem antes do que de costume. Melhor pra mim... rsrs

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Eu e a música


Velha e Louca

Mallu Magalhães

Pode falar que eu não ligo (mentira, ligo sim!)
Agora, amigo
Eu tô em outra (puffffffff)
Eu tô ficando velha (verdade verdadeira)
Eu tô ficando louca (verdade verdadeira)
Pode avisar que eu não vou (hahahahaha basicamente, esta é minha resposta))
Oh oh oh
Eu tô na estrada (só que não!)
Eu nunca sei da hora (condiz com a realidade...)
Eu nunca sei de nada (... isto também)
Nem vem tirar
Meu riso frouxo com algum conselho (nem vem!)
Que hoje eu passei batom vermelho (Adoooooro!)
Eu tenho tido a alegria como dom (só que não)                 Em cada canto eu vejo o lado bom (Só se for meu clone falando!)
Pode falar que nem ligo (...)
Agora eu sigo (ok para o resto do verso)
O meu nariz
Respiro fundo e canto
Mesmo que um tanto rouca
Pode falar, não importa (...)
O que tenho de torta (que é muita coisa)
Eu tenho de feliz (Polliana nãz meu perfil, sorry!)
Eu vou cambaleando
De perna bamba e solta (mais ainda se tiver vodka no meio)
(...)

Concerta 54 - 15º dia

Acordei hoje com um bom humor que me causou certo estranhamento. Afinal, tenho estado tão pra baixo ultimamente... daí, pensei: por que meu estado normal teria que ser o pessimismo? Talvez hoje, eu estivesse no meu normal. Pensamento otimista da minha parte, o que só comprova minha teoria. Ainda não tinha tomado o remédio. Tomei mais tarde, por volta das 16h. Meu humor já não estava tããããão otimista assim. Primeiro, porque esqueci de informar a gerência sobre uma funcionária. Segundo, porque esqueci de mudar um formulário, impresso 100 vezes, o ano de 2014 para 2015. Terei que corrigir um a um. Terceiro, porque neste final de ano, estou sobrecarregada de pequenas coisas. É uma coisa nova o tempo todo. Faço listas para não esquecer nada O problema é quando esqueço de colocar na lista e toda vez que me perguntam, "Você fez aquilo que eu te pedi", eu digo "não, esqueci". Nem sempre esqueço. As vezes, estou fazendo outras três coisas e não deu tempo de lembrar... isso faz sentido? E nisso, continuo com a sensação do remédio não estar fazendo efeito. Isso, e assim que chegou em casa, minha mente está tão ligada, que preciso de algo para canalizar a agitação, algo em que eu possa prestar atenção. Obviamente, são escolhas que me divertem tais como séries, filmes, jogos e etc. 

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Só pra constar.


O conteúdo deste blog esteve antes presente somente em dois lugares: na minha cabeça e no consultório da psiquiatra.

Eu não sei lidar com gente.

Eu não sei lidar com gente.
Tenho uma necessidade patológica de ser aceita.
Tudo me atinge. Se não me devolvem o bom dia, se o olhar ou o tom de voz não soaram como de costume, lá vou eu especular mentalmente o que fiz de errado.
Odeio isso.
Odeio, porque em função disso, muitas vezes não me oponho, não me imponho, não digo não, aceito, concordo, deixo pra lá. Fico me martirizando quando percebo que fiz algo errado, que não agi conforme o esperado, conforme o que consideram o adequado. Ainda que eu acredite que esteja certa. Eu não sei ser adequada e é muito esforço para mim sê-lo! E a culpa. Ah, a dona culpa. Bichinho lazarento e peçonhento que me encontra onde quer que eu esteja, pica e causa reação alérgica generalizada. Eu sofro do mal da culpa. Este é um dos motivos por que não sei lidar, principalmente, com as seguintes características nas pessoas:

- Que se fazem de vítimas em algum desentendimento com você: De repente, elas são apenas o reflexo do que você fez primeiro! Adimitir o erro, a própria participação??? "Cê juuuuuuuuuuuuuuura"!!! Ou seja, a culpa é sua!

- Que fazem chantagem emocional: Ódio mortal de grayskull! Não faço a vontade da pessoa só de pirraça (no caso de parentes mais próximos, porque do resto eu acabo cedendo). Não fazer deixa a pessoa triste. A tristeza e a decepção dela, são culpa sua!

- Que são manipuladoras: às vezes, a própria pessoa não sente que é. Faz, pelo hábito, pelo costume de resolver tudo desta forma. Quando menos imagina, a culpa é sua. Ela dá um nó em pingo d'água para fazer a curva do que aconteceu e transformar você no responsável, no único errado da história, justificando-se, respaudando-se em cima de características suas; aquelas que compõe o quadro de quem você é, o rótulo que você ostenta, uma vez que, tendo sempre o mesmo papel de algoz, você passa a sê-lo em qualquer circunstância.

Se estou me fazendo de vítima? Cada um que pense o que quiser. Mas darei um exemplo para ilustrar. Mudarei certos fatos, porque vaaaaaaaaaai que alguém que me conheça descubra que este blog é meu??? rsrsr

Meu exemplo de manipulação + vítima:

Façamos de conta que é o primeiro dia de aula do meu filho. Minha mãe quer muito estar lá. Entretanto, eu peço para ela que, por favor, não vá. Que é importante para mim estar neste momento sozinha. Que no dia seguinte até à faculdade, se ela quiser, pode ir toooooodos os dias. Mas que, por favor, não aparecesse só hoje. Que eu precisava daquele tempo pra mim. Não expliquei as minhas razões mais profundas, contudo deixei claro o quão importante e necessário era para mim estar sozinha naquele momento. 

Quando eu chego na escola, com meu filho, ela já tinha ido à sala, conhecido a professora, e esperava por meu filho na porta, cheia de sorrisos, como se eu não tivesse falado um A sobre nada...
Engulo seco, despeço-me do meu filho e vou embora, aos prantos (mas ninguém viu). Qualquer conversa pessoalmente, resultaria num Deus-sabe-no-que! Mandei mensagem, dizendo que ela havia estragado um dia muito importante, que ela sabia que eu precisava daquele momento e foi mesmo assim. Ela respondeu que era um absurdo, que eu era muito egosísta e pediu que Deus me abençoasse, como se fosse a porta-voz oficial Dele, atestando o meu erro! No fim, a errada fui eu.  

Por falar em culpa...



Causas do sentimento de culpa
http://www.marisapsicologa.com.br/culpa-entrevista-a-revista-bianchini.html

   Culpa vem sempre de “mãos dadas” com insegurança e sentimento de incompetência. Ou seja, quando percebemos culpa estamos olhando para uma total falta de confiança em si próprio. Sendo assim as pessoas sentem culpa por tudo o que as faz sentir que não fizeram o suficiente, o amigo que não está bem “Eu poderia ajudar este amigo”, o chefe que está atolado “Eu poderia ficar até mais tarde”, o filho que não vai bem na escola “Eu deveria passar a noite estudando com ele”, etc.
(...)

Quais são as conseqüências da culpa na vida de uma pessoa?

   A culpa é uma trava. A pessoa com sentimentos de culpa deixa de fazer coisas que não tem relação alguma com a situação inicial. Por exemplo, a pessoa que sente culpa por não conseguir mais tempo para ficar com os filhos não se dá o direito de ter seu lazer mesmo quando os filhos estão ocupados com outras coisas e ela está, teoricamente, com tempo livre.
A culpa faz a pessoa sentir que: “faça o que fizer nunca é suficiente”.

Quais são geralmente as características da pessoa que se sente culpada? Existe um perfil mais comum?

   Sim, existe. Pessoas que se consideram incapazes de lidar com responsabilidades do dia a dia são as que têm maior propensão para sentir culpa.
   São pessoas que freqüentemente dependem da ajuda dos outros para tomar decisões, iniciar tarefas novas, cuidar de si mesmo, resolver os problemas do cotidiano, exercer julgamentos, etc. São pessoas com forte sentimento de desamparo.
   A origem de toda essa culpa pode ter sido a família que não o encorajou, quando criança, a ser independente e desenvolver confiança em si mesmo. (Verbalmente, havia o discurso. Só esqueceram de me mostrar como!).

Quem geralmente sente mais culpa, homem ou mulher?

   A mulher. Definitivamente a mulher. Temos uma cultura de muita cobrança sobre a mulher. A jornada dupla é um belo exemplo, pois a faz se sentir incompetente, mesmo não sendo. Há a expectativa de que ela poderia dar conta tranquilamente de casa, trabalho, filhos, sogros, etc, o que é impossível, mas mesmo assim ela se sente culpada por não conseguir. Toda mulher tem uma “capa de mulher maravilha” guardada no armário. Ela acha que deveria atender a todos, suprir a todos. Toda mulher tem uma super mãezona dentro de si.

O que fazer para se livrar da culpa causada pelas seguintes situações:

   Trabalho, dinheiro, dependência, comodismo, necessidade de agradar, falta de tempo para os filhos, meio ambiente (falta de atitude ou tempo para ajudar na preservação ambiental), preconceito, sentimentos de impotência, traição, medo, mentira, prazer ....
   O primeiro passo é identificar a culpa emocional da culpa concreta. Até agora falamos de culpa emocional. Um exemplo de culpa concreta seria uma pessoa que de fato lesou alguém física, financeira ou moralmente. Para superar esta culpa só há um caminho: fazer de tudo para reparar o erro. Custe o que custar. Vença a preguiça e a vergonha e faça o máximo para minimizar o prejuízo causado. Peça desculpas, ajude a pessoa lesada, ajude outras pessoas em situações parecidas, faça o que for possível, e o impossível também.
   Para a culpa emocional, onde o sentimento de culpa não corresponde ao dolo, a melhor resposta seria a consciência de que todos nós somos limitados. Podemos fazer o nosso melhor, mas mesmo o melhor dos melhores tem seus limites humanos.
   Saber que tudo tem um preço, toda decisão faz parte de um processo de escolhas, se queremos X temos que abrir mão de Y. Se tivermos consciência da importância da preservação do meio ambiente vamos gastar mais tempo na separação do lixo, por exemplo. A culpa aparece quando temos essa consciência, mas não conseguimos separar um tempo para dedicar ao que sabemos ser importante.
Se deixarmos nosso perfeccionismo de lado, esse perfeccionismo que não aceita fazer escolhas, que quer o melhor dos dois mundos, poderemos perceber que temos o direito do desfrute de nossa própria vida.
Viver com culpa é não viver.

Sei não, tô duvidando...


O que eu vou dizer à médica no retorno de quarta-feira?

1 - O remédio não está fazendo o efeito desejado.
    a) O caos mental (confusão de ideias, imagens, músicas e etc., sobrepostas) reduziu de 15, para duas.             Mas continuo confusa.
    b) Muito mais irritada
    c) Depressiva.
    d) Boca seca e insônia.
    e) Permaneço esquecendo, confundindo, esquecendo e confundindo.
    f) Exemplo clássico: no meio de alguma atividade, esquecer o que estou fazendo.
    g) A inquietação mental permanece. Não consigo relaxar. Parece que tenho a necessidade de estimular a minha mente o máximo possível para não me sentir angustiada. Ligo a televisão, vou para o computador, mexo no tablet, em joguinhos como sudoku, no aplicativo do Perfil, no do piano. Qualquer coisa para ocupar a mente.
 
2 - Preciso trocar a marca. Concerta é muito caro. Não comprarei mais dele. Pedirei a Ritalina LA (não é barata, mas melhor que nada).

3 - Transtorno de Ansiedade,  TDAH ou os dois? Quais são as chances de não ter TDAH?

4 - Sem episódios de euforia, mas quando tomava Quetros, ficava mais amena.

5 - Terei que interromper tratamento por tempo indeterminado. Preciso esperar marido estabilizar no próximo emprego que arrumar.

6 - Vai me receitar remédio para ansiedade? Tem genérico? Amostras, talvez??? rs

7 - Sensação de instabilidade emocional.

Sem mais ideias no momento...

É TDAH , Transtorno de Ansiedade ou os dois???

Como o Concerta não está fazendo o efeito que eu imaginava, estou começando a duvidar do diagnóstico. Será que eu realmente tenho TDAH ou Apenas Transtorno de Ansiedade? Fico vendo os depoimentos das pessoas com TDAH e acho tudo tão EU! Mas estas pessoas relatam grande melhora quando passam a tomar o medicamento. Nisso, não somos compatíveis. Encontrei então este artigo no IPDA (Instituto Paulista de Déficit de Atenção).

Ansiedade e TDAH- Distração, agitação mental são comuns no TDAH e na ansiedade
 www.dda-deficitdeatencao.com.br/tdah-ansiedade.html 
 Escrito por Cacilda Amorim, Diretora Clínica do IPDA.

A ansiedade é um estado de medo injustificado, apreensão e preocupações crônicas. Quando este estado é muito intenso ou duradouro, trazendo prejuízos para o desempenho geral e o bem estar, dizemos que a pessoa está sofrendo de um transtorno de ansiedade. (Tipo eu)

Este problema se caracteriza basicamente por preocupações ou angústia excessivas, por motivos desproporcionais aos problemas do momento. É normal preocupar-se e ter medo, porém quando em excesso, é importante avaliar o caso cuidadosamente.

A ansiedade prejudica a forma como a pessoa enxerga a si mesma e ao mundo. Os problemas e as dificuldades são normalmente superdimensionadas. Ao mesmo tempo, as capacidades pessoais são vistas como insuficientes ou inexistentes, o que torna o enfrentamento e a superação ainda mais difícil. A ansiedade é frequentemente acompanhada de baixa-autoestima e perfeccionismo.
A ansiedade pode se manifestar de formas diversas. Pode ocorrer como FOBIA, caracterizada por medos específicos, como o caso do medo de dirigir. Pode também ocorrer como Síndrome do Pânico, quando há episódios de medo intenso, mal-estar físico muito acentuado e sensações de morte iminente. Outras manifestações de transtornos de ansiedade são a Fobia Social (medo de situações sociais), TOC - Transtorno Obsessivo-Compulsivo e Transtorno de Stress Pós-Traumático.

As características do Transtorno de Ansiedade Generalizado são:


  • Dificuldade para relaxar ou sensação de estar a ponto de estourar, no limite do nervosismo. (Confere!)
  • Cansaço e sensação de esgotamento físico. (Confere!)
  • Dificuldade de concentração e problemas com memória ou esquecimentos frequentes. (Confere!)
  • Irritabilidade. (Confere!)
  • Tensão muscular (Confere!)
  • Dificuldade para dormir ou sono insatisfatório (Confere!)
  • Para que estas queixas sejam consideradas transtorno de ansiedade é preciso também que os sintomas estejam presentes por pelo menos 6 meses e que tragam prejuízos significativos para o bem-estar e desempenho, pessoal, familiar, social e profissional. Mulheres costumam sofrer duas vezes mais de ansiedade, quando comparadas aos homens. (Confere!)

Concerta 54 - 12º, 13º e 14º dias

Nada a declarar do sábado. Domingo, dormi, pois passei a noite em claro no hospital (não tomei a medicação neste dia). Hoje, segunda-feira, foi o caos. O tipo de caos que me confunde e desorienta. Descubro pequenas coisas que eu deveria ter feito e não fiz. Tipo conferir algo ou perceber algo antes de fazer/enviar..este tipo de coisa. Por isso, eu me senti (o cocô do cavalo do bandido) uma porcaria! Pensei: o Concerta não trata incompetência! Não adianta! O que era para melhorar, continua o mesmo. Pensei que estes episódios diminuiriam. Não é o que está acontecendo. Apesar de não ter momentos de euforia - ou pelo menos não percebê-los - tive momentos bem baixo-astral. Vontade de chorar, de fugir, de desistir. A sensação de não ter jeito me assolou hoje novamente. Esta falta de esperança, para mim, é das percepções mais tristes. 

sábado, 6 de dezembro de 2014

Uma ligação...

Ligaram para meu celular e pediram que eu dormisse no hospital, fazendo companhia para a mulher de um primo, que acabou de dar a luz. Claro que disse sim, até porque minha tia é a terceira avó do meu filho. Só por ter aceito, a minha ansiedade deu uma rondada flic twist mortal duplo carpado! Eu, que não estava comendo nada, devorei em 3 minutos um pacote de wafer de chocolate. A moça é uma fofa, mas não tenho tanta intimidade assim E se eu fizer algo errado? E se eu não for de grande utilidade? Só o Concerta não vai me ajudar muito nesta hora.

Eu queria...

Ser bailarina!


Apanhando do Google +

Quanto mais eu mecho, mais eu faço bobagem!

Por falar em se esconder na fantasia...

Ok, tenho 30 anos. Isso é quase 40, que está colado no 50, que para o 70 é um pulo e... ops, morri! rs

Já estava ficando constrangida das pessoas me verem lendo romances adolescentes. Mas há uma justificativa. Para alguém que alimenta um mundo fantasioso, como não dedicar o tempo descobrindo universos inteiros criados na literatura?

1 - Cem Anos de Solidão - Gabriel Garcia Marquez

Este livro é espantoso. O autor conseguiu criar uma cidade a partir do nada, esmiuçar vidas - tão cruas e ao mesmo tempo surreais - à medida em que o lugar se desenvolvia, e destruí-la, assim, puf! Um mini-universo com seu próprio Big-Bang.

2 - (NÃO É PARA FAZER CARA FEIA). Saga Crepúsculo

Quando li, fiquei encantada por haver seres "sobrenaturais" e todo um conjunto de regras, particularidades, valores e hierarquias (além do romance água com açúcar super fofo!). Hoje não vejo graça, em parte por causa dos filmes - que não gostei - em parte, por ter visto outras coisas mais elaboradas.. enfim. 
3 - Harry Potter - J.K. Rowling


Só li o último livro para saber o final da segunda parte de Relíquias da Morte. Fala sério!!! Dá vontade de ser criança para sempre (mas aí, já é outra história)! Eu vejo os filmes todas as vezes que repetem na TV! Morrendo de vontade de que meu filho goste tanto quanto eu! Magia, poderes sobrenaturas, conjurações, livros e poções, espécies místicas... e sempre algo emocionante acontecendo, sempre há algo a ser esclarecido, a ser descoberto!


3 - Peças Infernais e Instrumentos Mortais - Cassandra Clare

Tenho uma relação de amor e ódio. Ela é masoquista. Quer que soframos com uma saga interminável e emocionante! Li as duas séries. Chorei de soluçar na Princesa Mecânica! Fadas, feiticeiros, Shadowhunters, fantasmas (aparecerá mais nos próximos livros), lobisomens, vampiros, demônios e o ser místico mais que tiver disponível. Ela juntou a galera todas e ainda criou o Codex, dos Caçadores de Sombras. Li um atrás do outro. O personagens da próxima série já foram apresentados no último livro de Instrumentos Mortais. Tenho até medo de procurar saber mais a respeito.



4 - Crônicas de Gelo e Fogo (não li os livros) / Games of Thrones - George R.R.

Viciada na série. Não tive coragem de ler os livros. Ve se alguém com TDAH sem medicamento, dá conta de se encontrar em meio a tantos nomes??? Só com um caderno e caneta ao lado, de preferência com todas as árvores genealógicas desenhadas! Os seres místicos chegam de mansinho. A luta pelo poder é o foco. Mas são reinos,  reis e rainhas,  intrigas, planos, visões, lutas, poderes e etc. Não dá pra se apegar a nenhum personagem: ele pode morrer de repente. #chegalogonovatemporada 


Se é para viajar...

Todos com TDAH relatam uma certa característica sonhadora. Viajar pelas próprias referências e construir um mundo com elas. Fantasiar. Viver iludido. Chamem como quiser. Eu faço parte desta estatística. Por isso parei de ler romances. Mas há certos lugares que REALMENTE gostaria de conhecer. Enquanto não posso, coloco no Youtube o local da vez e vou embora! 

Por exemplo, eu sempre quis andar a cavalo em uma das colina escocesas, a lá Coração Valente, enquanto a chuva cái e a névoa se forma sob os pés.



Pode apostar que após procurar por estas imagens, já idealizei umas 130 cenas diferentes!!!!

Longman Simplified English Series

Terminei!!!


Já havia lido em português. Está no "Top 5" dos meus romances prediletos! Ficou mais fácil a compreensão.



Como se não bastasse...

Na conclusão da avaliação neuropsicológica, além de TDAH, como já disse, havia um transtorno de ansiedade moderado e uma depressão leve. Massssssssssssssssss o que não estava escrito e que me incomoda/atrapalha/prejudica, e que minha médica disse que trataríamos depois (pois tínhamos que tratar do que era mais importante), é minha dificuldade em lidar com pessoas. Não gosto de gente. Não da pessoa em si. Só não sei o que fazer e faço tudo errado, e me sinto péssima e isto alimenta o ciclo vicioso da fuga. Estou falando especificamente de FOBIA SOCIAL. Perdi a conta de quantas situações, pessoas e lugares eu já evitei. Na adolescência era muito pior!

1- Uma vez, fiquei na casa de uma monitora, em outra cidade, para prestar vestibular. Ela me convidou para almoçar com ela e o namorado. O que fiz? Fugi. Literalmente. Deixei um bilhete, dizendo que tive que ir embora logo depois da prova e fui. Não sei o que me apavorou mais, se comer na frente deles; não saber como lidar numa situação daquelas, se encontrar com uma pessoa que nunca havia visto... foi péssimo! Morri de vergonha de fazer isso, mas fiquei tão apavorada que peguei o primeiro ônibus e voltei para casa.

2- Não telefonava. Sempre que minha mãe pedia que eu ligasse para alguém (pessoa física ou estabelecimento) eu me recusava. Ficava apavorada de não saber o que dizer e parecer burra ou coisa do tipo. 

3- Se gostava de alguém, não chegava perto. Ficava muda. Não sabia o que dizer! Uma vez, um conhecido da minha irmã deu a entender que estava interessado em mim. Era alguns anos mais velho, trabalhava, tinha o próprio carro, era super educado e lindo. O que eu fiz? Fugi do papo, dei boa noite e nunca liguei para ele. Outra vez, uma pessoa escreveu uma carta demonstrando interesse. Ele era mais velho, conhecido da família. Nunca respondi. Fiquei apavorada, principalmente com o fato de ser uma carta. Eu tenho medo de cartas - nem me perguntem o porquê!!!. Isso tem nome? Cartofobia???

4- Comer perto dos outro era terrível. Evitei ao máximo, sempre! Comecei a melhorar quando eu e uma amiga, do Ensino Médio, íamos à padaria comer bombas de chocolate. Foi bem incômodo nos primeiros meses, ficava toda sem jeito. Depois, acabei me acostumando com ela.

5 - Já na vida adulta, deixei de aceitar empregos e procurar por eles. Tinha pavor de ser taxada de burra e incompetente.

6 - Autoridades/pessoas "importantes". Pois é, nunca tive futuro como puxa-saco! Não conseguia/consigo manter uma relação mais próxima com estas figuras. Se chego a conversar, eu tremo, gaguejo, fico apertando as mãos, extremamente ansiosa. Na minha cabeça, vão passando somente estratégias de fuga, o que posso inventar para sair dali! Na minha primeira formatura de graduação, escolhi uma sala de um bloco de um curso que não tinha nada a ver com o meu, só para que as pessoas não fossem (uma vez que o evento é público). No fim, éramos cinco: a banca (orientador e dois avaliadores), eu e meu namorado (que hoje é marido). Enquanto falava o que havia estudado, mal conseguia identificar aquelas pessoas. Só queria que acabasse rápido, mal conseguia distinguir as palavras nas intervenções que faziam. No final deu certo. Passei com nota total. rsrs

Medo de ser julgado atormenta quem tem fobia social

Doença pode ter causas genéticas e deve ser tratada com terapia comportamental

POR NATALIA DO VALE PUBLICADO EM 15/06/2010
Tudo vai bem até que chega a hora de se apresentar em público ou de se relacionar com uma turma maior do que a de costume. Você começa a suar frio e a primeira reação que lhe vem a cabeça é fugir daquela situação, afinal, mais uma tentativa se esgotou e você não conseguiu vencer essemedo inexplicável que chega sem avisar. 

(...)

A fobia social é uma síndrome que se caracteriza pela dificuldade excessiva de conviver em sociedade e pelo medo aparentemente inexplicável de se expressar em público. De origens ainda desconhecidas, a doença acomete crianças e adultos e impede o desenvolvimento social das pessoas causando sofrimento e dor, que pode se manifestar através de reações físicas. "Quando sabem que passarão por alguma situação em que terão que se expor em público, alguns pacientes reagem instintivamente, roendo unhas, fumando descompassadamente ou até mordendo os lábios e se beliscando. É o jeito que encontram de se refugiar daquela situação limite", explica a coordenadora do Projeto Transtornos do Espectro Obsessivo Compulsivo (Protoc), Christina Gonzalez, da Unifesp. 

fobia social
fobia social
Medo persistente de que?
Geralmente, quem tem fobia social sofre com o medo do julgamento dos outros e de sua própria autocrítica, que os impede de ao menos tentar se relacionar com alguém. Acha que não faz nada certo e que todo mundo percebe isso apenas de olhá-la, daí o pânico diante de situações públicas. 

Para Christina Gonzalez, um dos sintomas mais marcantes da síndrome é esse medo persistente e acentuado do que os outros vão pensar. 

(...)

Tá difícil!


Não quero/consigo dormir. O dia acabou. Fim de semana vai acabar rapidinho também. Minha cabeça ainda está acelerada... vou ver se termino Jane Eyre versão você-não-sabe-ler-em-inglês-não-sei-pra-que-continua-tentando! Vai que cola??? Boa noite.

Momento NERD!


Quero 4 pregos e um martelo!


Amooo!


Postermania


Qual é a prioridade: o ovo ou a galinha?

"O déficit de atenção pode causar dificuldades no planejamento das ações. As pessoas adultas com TDAH tem dificuldade em priorizar as obrigações mais importantes a cumprir, como o término de um trabalho, enquanto gasta inúmeras horas em algo insignificante, como um vídeo game".       http://cefaleias.com.br/tdah

Certo. Comecei pelo final, porque pelo início seria muito óbvio. Mentirinha..rsrs
Não sei priorizar. Sério. Com nada. As coisas não me vem como mais ou menos importantes. Tudo parece ser mais uma questão do que eu posso terminar primeiro. Como eu já disse: concluir coisas é algo importante para mim, me faz sentir bem. O que não quer dizer que não deixo inúmeros projetos pela metade. Por exemplo: eu tenho um trabalho da faculdade e encontro um romance free/pdf para ler. Claaaaaaaaaro que o romance vem primeiro. Sei que conseguirei terminá-lo mais rápido (há motivação..rs). Como preciso ler rápido, pois tenho o tal trabalho da faculdade, deixo de comer, de dormir e etc. Acordo (se durmo) moída. Na hora de fazer o trabalho, tenho crise de ansiedade, pois está no dia de postá-lo e eu ainda nem comecei. Ler é inútil. Não tenho ideia do que o texto que servirá como base fala, apesar de estar na 7ª página. Há situações cotidianas, em casa, e etc., que: se tenho duas coisas para fazer, na maioria das vezes eu faço primeiro o que deveria deixar para depois. Só vejo isto quando tenho que corrigir ou refazer algo, o que é um saco. 

Concerta 54 - 11º dia

E olha que eu nem deveria ter ido trabalhar hoje! Pensei: já que deram um recesso no final do ano, não custa nada adiantar o serviço. Então eu chego e percebo que era a data-limite para a entrega de alguns documentos (que eu havia esquecido). Pensei: que sorte, QUASE ME FERREI! Ainda bem que vim. Encontrar estacionamento no Centro, nem pagando!!! Quando vi uma vaga, olhei para o lado com medo de que fosse pegadinha (quis esganar uns 5 no trajeto)! Documentos entregues, de volta ao trabalho, percebo que a decisão que tomei para um procedimento não era aconselhável, visto que eu não me lembrei de como havia feito no ano anterior... Fiz algumas ligações para superiores e colegas e ainda tive que perceber aquele tom de "pergunta burra". E aí... tentar recuperar o tempo perdido foi esmagador! Não conseguia concentrar direito, pois enquanto fazia uma coisa, estava pensando em outra. Com todos passando e pedindo algo, ficou TÃO MAIS DIFÍCIL! Mas é meu trabalho. "Eu que me vire". Resultado: uma hora a mais do que meu horário habitual. Mais um dia preocupada com meu futuro. Realmente tinha esperança nesse remédio. Vejo todos dizendo que o remédio é só uma parte, MAS UMA PARTE IMPORTANTE!. Sério? Eu tive que pegar um empréstimo para pagar as consultas, exames e medicamentos, não poderei dar prosseguimento com a tentativa erro/acerto! TCC (Terapia Cognitiva Comportamental) então?! Quem me dera! Isto não é para o meu orçamento, daí a minha frustração causada pela aparente "ineficácia" do remédio. Foram as minhas últimas fichas. O meu "ou vai ou racha".... A esta altura do campeonato já deveria estar funcionando. Até e-mail para o laboratório eu mandei... até agora, nada!

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

OK? OK!


Concerta 54 - 10º dia

Hoje tive curso pela manhã, o que me permitiu não trabalhar na parte da tarde.
Tomei o medicamento às 6h.

Continuo tendo meus picos de irritação. 
Tenho preferido me isolar (ainda mais), principalmente em casa!

Fui ao banco. Precisei fazer quatro operações diferentes no caixa eletrônico. No terceiro, eu escuto um "tá difícil, viu". Na hora, minhas orelhas "levantaram", os pelos eriçaram, reconheci o terreno para o ataque. Quando eu virei para identificar a presa, a mulher-curiosa-do-caramba-intrometida-de-uma-figa estava xeretando, olhando mesmo, o que eu estava fazendo!!!!!!!!!!!! Ouvi LITERALMENTE as batidas do meu coração e meu sangue correndo mais rápido, fiquei ofegante, pronta para esganá-la! Senti uma meia duzia de palavras batendo nos meus dentes, quase saindo, mas.........................................  fiquei calada, porque tive certeza que não sairia naaaaaaaaaaaaaaaaaaaada que prestasse!!! Não sei de onde tirei força! Mas encarei a dita cuja bem nos olhos, virei, e fiz questão de arredar para o lado para tampar a vista da tela do aparelho!! Ela e................... a fila inteira perceberam!!! Graças a Deus que ninguém falou nada e a mulher não se pronunciou, pois nunca tive tanta certeza de que eu faria m%$#@! E olha que eu TENHO PAVOOOOOR DE DE ENTRAR EM BRIGA, CONFUSÃO, CONFRONTO E DISCUSSÃO!!! Sou do tipo que dou um boi para não entrar em uma briga e uma boiada inteira PARA CONTINUAR FORA DELA!!!!

Voltando. Nenhum efeito de anormal. Nada de novo. Tudo na mesma. Ainda não fui "ligada na tomada"... Medo disso tudo. Se nem o remédio está dando conta...


Tipo que eu sou do tipo tudo junto e misturado!

Texto de Katia Beatriz – psiquiatra e membro da diretoria da ABDA

A maior parte da literatura sobre TDAH é tradicionalmente direcionada ao gênero masculino, pois em tese somariam 80% dos portadores. Entretanto, há algum tempo, pesquisadores têm chamado a atenção, quanto à expressão do transtorno, para as diferenças entre homens e mulheres. Alguns autores vêm se dedicando ao estudo específico do TDAH em meninas e mulheres.
(...)
A maior parte dos meninos com TDAH é mais facilmente identificável, seja na sala de aula seja no lazer, e com mais frequencia são levados para uma avaliação. A maior parte das escalas e questionários de avaliação enfatizam os aspectos da hiperatividade, da impulsividade e do comportamento desafiador. E apenas as poucas meninas que são parecidas com esses meninos é que são levadas a alguma avaliação. Com isso continuamos com aquela taxa enganosa de 4 : 1.

Pode-se traçar um paralelo entre as formas tradicionais (tipo misto, tipo predominantemente hiperativo-impulsivo e tipo predominantemente desatento) e a maneira como os sintomas se expressam nas meninas e nas mulheres. Esse paralelo é bastante útil para compreender as variações sobre esses três tipos.

O que se percebe agora é que muitas meninas não foram diagnosticadas porque seus sintomas se mostram diferentes. Uma grande diferença é que as meninas são menos rebeldes, menos desafiadoras, em geral menos " difíceis " que os meninos (hahahhaha não eu! Fui isso tudim, tudim!!!). Mas " ser menos difícil " em vez de ajudar, só dificultou o reconhecimento do problema. Enquanto meninos causam frequentes problemas com a disciplina, em casa ou na escola, e rapidamente se procura uma orientação, as meninas, por serem mais cordatas, dificilmente são identificadas, e vão passando ano após ano na escola sem usar todo o seu potencial.

No entanto, meninas com TDAH não são todas iguais.
(...)
As meninas e mulheres que apresentam sintomas de Hiperatividade e Impulsividade mais marcantes, os expressam de forma diferente da dos meninos. São frequentemente menos rebeldes, menos opositivas, e a Hiperatividade se expressa através da fala e da ação. Como a comorbidade com os Transtornos de Ansiedade e Depressão (assim disse meu relatório neuropsicológico) são os mais frequentes, costumam ter uma instabilidade emocional importante, com frequentes mudanças de humor.  (viva o Quetros!!!)

As meninas com o tipo Predominantemente Desatento se mostram sonhadoras e tímidas. Se esforçam para não chamar a atenção sobre si mesmas. Aparentam estar ouvindo enquanto suas mentes divagam. Podem parecer ansiosas em relação a escola (olha eu aqui "travêz!!!"), esquecidas e desorganizadas com o dever de casa e atrasar a entrega de trabalhos. Costumam ter um ritmo lento e a sensação de sobrecarga. Algumas são ansiosas ou depressivas e vistas erradamente como menos inteligentes do que realmente são.

No tipo Misto apesar de terem um nível de atividade muito mais alto que as desatentas, elas não são necessariamente hiperativas. A agitação se mostra através da fala mais intensa. O discurso pode ser confuso pela dificuldade em organizar seus pensamentos, e tentam disfarçar a desorganização e o esquecimento.(Aff! Brotei aqui de novo!) Na adolescência podem tentar compensar a pobre performance acadêmica se expondo a riscos com fumar, beber e iniciar vida sexual ativa, precocemente.

(...) As disfunções executivas ficam mais visíveis a medida que as exigências sociais progridem.

ABDA® Todos os direitos reservados. Copyright 2013.

Humor negro para fazer jus ao dia...

Bem que eu queria juntar ontem e hoje, colocar num potinho do esquecimento, tampar pra sempre e seguir adiante!

Emburrecimento

As palavras estão escapando... grafias, sentidos, vocabulários.... cada erro que eu encontro no que escrevo, erros estes que não cometeria há cinco anos... aff!

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Concerta 54 - 9º dia

É oficial: estou apavorada com a falta de efeito deste remédio!

Hoje, tive vários lapsos "de memória". No meio do que eu estava fazendo, já não sabia mais o que eu tinha que fazer! Pane total na hora de resolver as várias atividades que tinha que realizar. Dava branco, dava desespero, dava angústia. Pra variar, abri a boca a chorar. Todo mundo já havia ido embora e eu fiquei, porque tinha que terminar tudo, pois o prazo era para amanhã. Mesmo assim, deixei sem terminar, pois tinha que buscar meu filho. O pessoal da manhã terá que finalizar o restante. Não é muito. Mas queria ter terminado. A sensação de concluir algo é tão bom!

Nativos da TDAHlândia!

O TDAH NÃO É DESTE MUNDO - Alexandre Schubert

"Os portadores de TDAH seriam diferentes num mundo diferente?
(...)
Sou péssimo sob pressão, nem um pouco competitivo e me descontrolo facilmente se preciso agir e pensar muito rapidamente... ("Tamo junto", truta!)
E esse é o mundo de hoje; alta pressão, alta velocidade e altíssima competitividade.
Não é de se estranhar que os diagnósticos de TDAH tenham aumentado tanto. Uma doença que compromete a memória, o foco, dificulta o cumprimento de metas, a conclusão de cursos, a estabilidade dos relacionamentos, é absolutamente inadequada - quase incapacitante mesmo - (eu sempre disse isso, mentalmente, sem contar para ninguém...afinal, como é que alguém sem este tipo de sensação entenderia ao olhar para alguém "perfeitamente saudável" como eu???) numa época onde essas características são altamente exigidas e valorizadas,
(...)
Num mundo mais light, minhas características típicas da doença seriam bem toleradas ou nem percebidas. (Minha turma da faculade já está formada - já que eu perdi o prazo de um monte de trabalho e tomei pau em algumas matérias. Por um lado é ruim, mas ter menos disciplinas e menos pressão dos trabalhos em grupo e das apresentações, me deixa em uma posição bem mais confortável)
(...)
Aja Ritalina!
(...)
A um enorme custo, vamos tentando nos adaptar a essa época de pressões descabidas. Ganhamos umas, perdemos outras; mas perdemos todos a possibilidade de sermos mais úteis ao nosso mundo, às pessoas e, principalmente, de levarmos uma vida mais plena e feliz".
(Isso é triste e me leva a duas perguntas: 
- Onde eu estaria se não tivesse tdah? 
- Será mesmo que a gente pode ser o que quiser?
 #prapensarateocerebrofazerbico

Pra terminar. Caso contrário, arrumarei mais uma coisa para ficar obsecada e não dormir nunca mais, deixar de fazer os trabalhos da faculdade no prazo e o inglês e eu tenho que terminar o relatório de estágio, preciso fazer uma lista com tudo que eu tenho que fazer no trabalho, pois o final do ano letivo está chegando e enquanto uns viajam eu vou ficar presa naquela secretaria e viajar para a Disney nas férias seria tão legal só que eu estou sem um puto no bolso e não posso. rsrsrs


terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Quem mandou???

Pela milésima vez, no carro, meu filho me assusta, dizendo "do nada":

- Mãããããããe! Você está falando sozinha de novo!!!!
- Ih, meu filho! O que é que tem? 
- Você está me atrapalhando!
- Mas você não está dormindo, não está estudando... deixa eu falar sozinha, poxa!

O que aprendi com esta situação:

a) A bolar um argumento que atingisse o lado solidário do meu filho, quando disse:

- Amor, falar sozinha me ajuda a pensar direito! (Funcionou, ele não chamou mais a minha atenção)

b) Que o argumento que eu dei fazia todo o sentido do mundo, porque de fato, falar sozinha me ajuda a priorizar ideias através da fala, que possui uma velocidade de operação infinitamente menor que a do cérebro.

c) Que pesquisar sobre algo rotineiro pode te levar a descobrir que uma universidade americana concluiu que falar sozinho ajuda na concentração e se sentir muito esperta por ter descoberto a mesma coisa, sem estudar.. (foi péééééééééssima esta, mas verdade!).

d) Que após ler um post relacionando falar sozinho ao TDAH, revisitar a cena que desencadeou esta sucessão de eventos, te leva a especular  por quê falar sozinha perto do seu filho, que não está fazendo nada, além do olhar pela janela, pode atrapalhá-lo.

e) A me colocar no lugar do meu filho e entender que alguém falando perto de mim, quando estou tentando me concentrar em algo é uma fanfarra inteira num desfile de 7 de setembro (BR) junto com o de  4 de julho (USA), em plena avenida.

f) Que esse negócio de se colocar no lugar do outro gera muita neura, porque agora, em retrospecto, é mais um indício de que ele também tenha TDAH. Será que por isso ele foi solidário? Porque os pensamentos dele também são confusos e viu que alguém havia conseguido controlar as próprias ideias, coisa que ainda não deu conta(?). Será? Mais um indício. Isto e o fato dele não conseguir dizer o que quer sem se embananar todo; não conseguir lembrar do que fez/fizeram, viu, disse ou disseram para ele, do que comeu, ou do que acabou de ouvir; não parar quieto; ter dificuldade de esperar qualquer coisa; da escola me chamar para me orientar a procurar um especialista que verifique os indícios que identificaram nele de hiperatividade............... 

g)   FALAR SOZINHA GERA TDAH NO FILHO.

h) Que eu passei para uma nível mais criativo de falar sozinha quando criei este blog!




HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA

GENTE ESTRANHA QUE INVADE MENTES!



Desentoxicação literária

Não é de hoje que eu observo as diferentes estratégias de fuga que os TDAH's inventam/aperfeiçoam. Qualquer que seja o instrumento escolhido, em geral, construímos um universo particular (como diria Marisa Monte). Acredito que isso possa ser decorrente também dos "desligamentos" frequentes, da vontade angustiante de estar presente em um contexto positivo e otimista, em detrimento de um confuso e frustrante. Por que estou falando sobre isso? Meu vício, minha fuga preferida, meu mundo colorido e perfeito: romance água com açúcar e finais felizes!!! 

Tive que parar. Passei a deixar de comer, dormir e fazer minhas obrigações em casa. O pior: estava fazendo "bico" para a vida, pois eu não era nenhuma daquelas mulheres divertidas, bem-sucedidas, independentes e fortes (camuflada em uma fragilidade inicial); do tipo que fazia o cara mais inteligente, bonito, engraçado e bom caráter morrer de amores. Não adiantava ler livro atrás de livro com o mesmo enredo, ou a mesma narrativa, ou a mesma trama... sempre fazia efeito! Então, percebi que sempre que terminava uma história, minha consciência pesava, eu ficava triste, pois a realidade se mostrava tããããããããããão diferente da ficção!!! E o pior de tudo, é que o site do Skoob oferece tantas ferramentas e resenhas e estrelinhas e capas e cortesias e estantes virtuais e sinopses, que tornou-se o traficante da minha "droga" predileta"; alimentando e incentivando meu vício. Parei de frequentar o site também.... (passei lá agora... ai que dor no coração!!!! Nem vi quais eram as cortesias, nem os lançamentos). Há tempos que não vejo as resenhas nos canais do YouTube que me inscrevi. Tenho sido forte. Se tem me ajudado? Sim, tem. Não fico mais com aquela sensação de vazio, comparando intencionalmente ou não minha vida com o mundo da ficção. Quem sabe um dia eu saiba lidar com isso e consiga ler horroooooooores sem me deixar levar tanto?

Concerta 54 - 7º e 8º dia

Então, como não trabalhei na segunda, não fui exigida em muita coisa. Percebi, contudo - e de forma bem sutil, para variar - que estou mais.... mais.... "corajosa" (?) para dar minha opinião. Pelo menos comigo, dar a opinião sempre foi angustiante, pois exigia uma organização mental de fatos, ações, informações que eu não tinha. Ontem, em uma conversa informal (não me lembro com quem), me peguei "mais segura" falando sobre o tema. Não era nenhum tópico complexo ou importante, mas tive internamente aquele momento de estranha satisfação. Talvez, em um outro tempo, eu fosse condescendente com a pessoa naquela situação (não concordando, mas também sem discordar) falando algo do tipo: "eu entendo". Não ontem. Ontem eu falei (coisa pouca, nada importante, mas falei). 

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Eu me reconheço em você

Imagine a seguinte situação: você está em um lugar que não parece ser de onde veio. Você não compartilha dos mesmos códigos que a maioria. Basicamente, você fala uma língua e "eles", outra. Por necessidade de sobrevivência, você faz que entende, se esquiva, foge, evita; para que assim, não percebam que você é um forasteiro. Vai ocupando um lugar que, de preferência, não seja nem muito alto, nem muito importante, com medo de cair, de rir demais, de menos, falar o que não deve, no momento inoportuno. Para não errar. Para não repetir o erro. Para não ser chamado a atenção. De novo. Pela mesma razão. Para não ser taxado de burro, ignorante, incopetente, incapaz. O idioma está lá, mas você não consegue pronunciá-lo como deveria.  E de tanto tentar, se esforçar, colocar a energia nesta tentativa, a ponto de explodir, de exasperar-se, de irritar-se; quando não é compreendido, cái no descredito.

E é por isso, que cada vez que eu leio um blog ou depoimento de alguém com TDAH (adulto) e me reconheço nele, encontro um conterrâneo, do tipo que me traz notícias dos parentes que ficaram para trás. Do tipo que eu entendo palavra por palavra do que diz e do que não diz. Do tipo que faz com que uma luzinha a mais se acenda, que entra no cantinho escondido em que eu me enfio, sempre que posso, por não querer ser julgada e me puxa para ver o que está acontecendo "na rua".

Farei deste marcador um álbum de família. Registros alheios que comprovem como somos parecidos e vindos de um mesmo todo que, por ventura, partiu-se em muitos pedacinhos.